A ilha de Páscoa possui alguns vulcões que se tornaram inativos a
milhares de anos, mas o mais interessante é que hoje, os vulcões
tem água doce que serviu para abastecer a população até a década
de 60.
Mais do que isso, dentro dos vulcões cresceram árvores frutíferas
cujas frutas alimentaram os locais até pouco tempo atrás. Hoje elas
já não os alimenta mais pois não é mais permitido descer dentro
de alguns dos vulcões.
Outros vulcões parecem lagos, aliás, existe uma paz ao lado destes
vulcões que somente estando lá para entender.
É ao lado de “Orongo” que fica um desses vulcões. Orongo era
uma antiga sede de poder local e era neste local onde se disputavam
as competições de homem pássaro.
A competição acontecia todos os anos no mês de fevereiro e
consistia em descer um desfiladeiro, nada quase um quilômetro até
uma ilha, pegar um voo de pássaro e trazer novamente até Orongo.
Quem fizesse esse percurso primeiro teria o direito de indicar a sua
comunidade para liderar economicamente a ilha de Páscoa. Todas as
outras tribos deveriam se submeter às ordens da comunidade
vencedora.
Também em Orongo foram refeitas algumas das moradias dos Rapa Nui,
população que comandava a ilha. As casas foram remontadas com ajuda
de arqueólogos já que as originais foram devastadas em guerras que
ocorreram entre as comunidades locais.
Outro lugar fantástico e mágico é o “umbigo do mundo”, aliás,
essa á uma das formas que a ilha de Páscoa é conhecida.
“Te Pito Kura”, o umbigo do mundo, é uma pedra que fica em uma
das extremidades da ilha e que possui uma grande força magnética.
Colocando a mão sobre a pedra é possível sentir o magnetismo. Eu
fiquei mais de meia hora após sair do local com as mãos sensíveis,
que experiência! Outros não sentem nada, como a minha esposa, mas o
mais comum é sentir algo, em maior ou em menor intensidade. Segundo
os locais o quanto você sentirá está diretamente ligado ao quanto
o seu corpo é capaz de conduzir energia!
Mas a pergunta que mais me fizeram quando eu retornei ao Brasil: “
Valeu a pena?” Sim, a paz de espírito, a possibilidade de conhecer
uma nova cultura, a beleza do local mais remoto do mundo, a energia
do lugar, nada disso tem preço e não dá para explicar, só quem
foi pode entender.